quinta-feira, fevereiro 21, 2008

::Juno::

If I was a flower growing wild and free
All I'd want is you to be my sweet honey bee.

All I want is you, will you be my bride
Take me by the hand and stand by my side
All I want is you, will you stay with me?
Hold me in your arms and sway me like the sea.

And if you were a kiss, I know I'd be a hug



Hey you've been used
Are you calm? Settle down
Write a song, I'll sing along
Soon you will know that you are sane
You're on top of the world again

I'm sticking with you
'Cos I'm made out of glue
Anything that you might do
I'm gonna do too

You held up a stage coach in the rain
And I'm doing the same
Saw you're hanging from a tree
And I made believe it was me



You're a part time lover and a full time friend
The monkey on you're back is the latest trend

I don't see what anyone can see, in anyone else
But you

I kiss you on the brain in the shadow of a train
I kiss you all starry eyed, my body's swinging from side to side
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you

Here is the church and here is the steeple
We sure are cute for two ugly people
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you

The pebbles forgive me, the trees forgive me
So why can't, you forgive me?
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you

I will find my nitch in your car
With my mp3 DVD rumple-packed guitar
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you


Up up down down left right left right B A start
Just because we use cheats doesn't mean we're not smart
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you

You are always trying to keep it real
I'm in love with how you feel
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you

We both have shiny happy fits of rage
You want more fans, I want more stage
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you

Squinched up your face and did a dance
You shook a little turd out of the bottom of your pants
I don't see what anyone can see, in anyone else
But you




Trechos das músicas da trilha sonora do filme:
All I Want Is You - Barry Louis Polisar
Expectations - Belle & Sebastian
I'm Sticking With You - Velvet Underground
Anyone else but You - The Moldy Peaches

::My headphones saved my life

Declare Independence - Björk

Declare independence!
Don't let them do that to you!

Start your own currency!
Make your own stamp
Protect your language

Declare independence
Don't let them do that to you

Make your own flag!

Raise your flag!

Declare independence!
Don't let them do that to you!

Damn colonists
Ignore their patronizing
Tear off their blindfolds
Open their eyes

Declare independence!

With a flag and a trumpet
Go to the top of your highest mountain!

Raise your flag!

Declare independence!
Don't let them do that to you!

Raise the flag!

sábado, fevereiro 16, 2008

::My headphones saved my life::


In A Manner Of Speaking - Martin L. Gore

In a manner of speaking I just want to say
That I could never forget the way
You told me everything
By saying nothing
In a manner of speaking I don’t understand
How love in silence becomes reprimand
But the may I feel about you is beyond words
Oh give me the words
Give me the words
That tell me nothing
Oh give me the words
Give me the words
That tell me everything

In a manner of speaking Semantiks won't do
In this life that we live we only make do
And the way that we feel might have to be sacrificed

So in a manner of speaking
I just want to say
That like you I should find a way
To tell you everything
By saying nothing
Oh give me the words
Give me the words
That tell me nothing
Oh give me the words
Give me the words

::Sábias palavras::


"Ela se encostou na parede e resolveu deliberadamente pensar. Era diferente porque não tinha o hábito e ela não sabia que pensamento era visão e compreensão e que ninguém podia se intimar assim: pense! Bem. Mas acontece que resolver era um obstáculo. Pôs-se então a olhar para dentro de si e realmente começaram a acontecer."
Clarice Lispector, A Bela e a Fera ou a Ferida grande demais.

"Já disse que não sou inteligente, nem culta. E sofrer apenas não basta." Clarice Lispector, Obsessão.

::Minha falta de memória e eu::


Às vezes é engraçado ter problemas de memória, às vezes é triste, o que leva a uma imensa necessidade de escrever sobre isso, seja para prolongar o riso, seja para exteriorizar o desespero. Tudo bem, ela não é tão grave, mas para lembranças a médio prazo é assim que vem sendo, e ninguém ainda conseguiu descobrir o porquê,vou tentar regressão, acupuntura, psicanálise, qualquer coisa.
É surpreendente o ineditismo que a falta de memória proporciona, algumas coisas parecem nunca vistas antes, e chega a ser assustador quando descubro algo que está escrito na minha grafia, com minha caneta preta de sempre, mas que não me lembro de ter escrito.
Hoje, vasculhando meus arquivos no computador, descobri o projeto de um romance que pensava escrever a três anos atrás. Em seis páginas do Word estão as palavras importantes para o vocabulário do livro - com seus significados e sinônimos; o significado do nome, e papel na história, de vinte personagens; um esquema geral de principais fatos que ocorrerão, o desfecho, a duração do recorte etc., e o primeiro capítulo inacabado em três páginas.
Puxando da memória pude lembrar que a idéia surgiu de um sonho que tive certa vez e que no pretenso livro eu tentaria misturar com alguns fatos reais da minha vida e de alguns familiares e amigos. O sonho tinha vampiros, maldições e lindíssimas roupas, então resolvi tirar os entes mágicos e manter o clima um pouco da Idade Média, com reinos, nobres, e a história giraria em torno de uma maldição, ou melhor, mais um mau-desejo com um viés até mesmo cristão.
Com o olhar crítico de hoje posso dizer que tanto a idéia quanto o texto são horríveis, é uma mistura de realismo - mágico com as novelas da Távola Redonda e uma pitada de André Vianco, uma mistureba, enfim. E o texto está bem infantil, um tanto quanto mal escrito e confuso, mas resolvi postar aqui a primeira página, só como registro e para sanar a curiosidade dos meus "inúmeros" (rs) leitores.

Capítulo I

As lágrimas de desespero caíam em sua face como cachoeira fria em dia de inverno. Sentada numa cadeira de vime logo ao lado do caixão, não conseguia nem olhar no rosto do falecido. A memória da noite anterior martelava em sua mente, tentava fugir das imagens que lhe vinham à cabeça olhando ao seu redor, mas só via tristeza e desespero nas outras pessoas. Os momentos felizes e românticos da última noite enchiam Alita de dúvidas e pensamentos confusos. Questionava-se o que seria de sua vida agora que enviuvara, e o pior: no primeiro dia de casada, logo após a noite de núpcias.
Sua mãe se aproximou, tocou em seu ombro jovem já coberto por véu negro, se agachou ao seu lado e disse:
- Alita, fique calma.
Ela até então não percebera, mas tremia as pernas de tal maneira que fazia a cadeira ranger. O olhar piedoso de sua mãe a acalmou, mas não podia mais olhar a sua frente e ver aquele caixão frio e negro que guardava o corpo do homem a quem havia amado uma única vez em seus ínfimos dezessete anos, o homem ao qual havia pertencido uma única e curta noite.
O padre ia se aproximando com a Bíblia na mão e Alita já previa todas aquelas palavras do Senhor que ele diria, como faz em todos os outros velórios, quase que semanais, que acontecem no reino. Como se cada morte fosse igual e fossem fazer falta da mesma maneira a seus entes. Mesmo sendo todos iguais perante o Senhor, Alita sabia que dessa vez, essa morte, ela sentiria como nenhuma outra ela havia sentido e, de certa forma, se sentia injustiçada e esquecida por Deus, que fizera a barbaridade de acabar com a vida dele e, assim, com a dela, daquela maneira.
No reino de Bilner moravam muitos nobres oriundos de vários outros reinos próximos, o que fazia da corte bilnerense uma verdadeira mistura de famílias, de costumes e manias. Todos esses nobres mais próximos da família de Alita estavam naquele imenso salão ocupado apenas pelo caixão ao centro e a cadeira da viúva, a falta de janelas e iluminação natural tornava-o mais triste, sombrio, silencioso, desesperador. Aquelas senhoras vestidas todas em longos e luxuosos vestidos negros escondiam atrás de seus véus o sentimento de pena que sentiam da garota e nos cantos comentavam:
-Agora está perdida a menina, viúva tão jovem, já desonrada, nunca mais há de encontrar um marido, ficará para a vida com a mãe ou se tornará freira.
Havia também aquelas mais maldosas e que gostavam de criar intrigas na corte, que diziam:
-A família dele era mais poderosa, possuía mais terras, ela mandou alguém matá-lo para ter direito a suas posses e salvar sua família da desgraça em que estão.
Ao entrar no salão, Ludmila ouviu algum desses amargos comentários e se encheu de raiva, mas ao olhar para a amiga ali sentada, triste como nunca havia visto, se esqueceu daquelas fúteis e inconvenientes mulheres e foi rapidamente ao encontro de Alita.
-Vim o mais rápido que pude, Elísio me trouxe na traseira de seu cavalo e acabamos deixando mamãe seguir viagem sozinha na carruagem, ela deve chegar só na madrugada, mas virá lhe ver. Alita, aquelas velhas ali, que mais parecem urubus, estavam falando muitas besteiras sobre você. A mãe da Liana, da Edite e as amiguinhas de tricô delas. Se você ouvir algo, não dê ouvidos, por favor, não se importe - abaixou e disse olhando dentro dos olhos da amiga - A partir de agora seu futuro está em suas próprias mãos e ninguém pode roubá-lo de você.
Alita esboçou um sorriso fechado em consideração a Ludmila, que sempre esteve ao seu lado, e disse baixinho:
-Eu nunca me importei com nada do que elas diziam. Você sabe que...
A garota foi interrompida em sua conversa com Ludmila pela chegada brusca e espalhafatosa de Liana. Sinceramente Alita não fazia idéia do que aquela garota estava fazendo no funeral de seu marido, ainda mais vestida daquela maneira: um vestido preto luxuoso e que deixava a mostra todo seu colo pálido e os cabelos presos propositalmente para não disfarçar o vestido. Todos os presentes se viraram para a porta, alguns chocados, outros não disfarçando o interesse pela provocação exercida sobre a viúva, muitos moradores do reino haviam tomado conhecimento de todos os desentendimentos ocorridos entre as duas, desde pequenas. Alita demorou pelo menos dez minutos para se lembrar de que a garota era filha de uma das amigas de sua avó materna, o que pouco a consolou, pois odiava todas as velhas que participavam do clubinho de costura de sua avó Mônica.


::Entretien avec moi::


- Você prefere ser desejada ou ser amada?
- O ideal é ser desejada por alguém que me ame, certo? Acho difícil imaginar e mesmo aceitar viver um amor no qual a pessoa não me deseje, parece que vira um amor meio fraternal ou como o de amigos. Agora, é possível, claro, e aceitável, que alguém me deseje sem que me ame, e aí depende de uma escolha do que se quer buscar nessa determinada relação, nem sempre estamos "in the mood for love". Por vezes pode-se passar a amar uma pessoa pela qual se sentia apenas desejo, e vice-versa, quando a operação é uma adição pode dar certo, mas quando é uma subtração, fica difícil.

quarta-feira, fevereiro 06, 2008

::Sábias Palavras::


Conservar algo que possa recordar-te seria admitir que eu pudesse esquecer-te. (Shakespeare)

::O que me faz feliz::


O que me faz feliz?

Ou melhor, o que me deixa feliz? Porque ninguém é feliz, ou, pelo menos, eu não sou (que mau há nisso?), o que pode acontecer, é, temporariamente, o estado de felicidade. Portanto, eu não sou feliz, às vezes, contudo, estou feliz.

Prosseguindo, então, o que pode desencadear em mim um estado de felicidade?

As coisas simples.

Embora tudo devesse ser simples, o mundo no qual estamos inseridos fez das coisas, complexas. Corrigindo:

As coisas sem importância.

Não para mim, muitas vezes, mas para os outros, sempre.

O farfalhar das árvores, inaudível frente aos carros, ambulâncias, trens, fones de ouvido... as pequenas flores amarelas, que se espalham pela praça invisíveis na fumaça, na poeira, na cegueira gerada pelo cinza... o sabor do "bolo de bolo" da vovó apagado na rapidez de cada refeição, esquecido como os próprios avós, a esperar... o cheiro de flores daquela garota, imperceptível pela distância, física e sentimental, pelo medo de interagir com os outros, quem sabe, nem tão outros... o calor de um abraço resfriado pela não-saudade, pela facilitação do amor... parar, na calçada, para ouvir o morador ensaiar em seu violino, torcendo para que consiga acertar aquele trecho mais difícil...

Mas o que vejo ao meu redor? Por que são pequenas essas coisas? Julgarão a mim pueril?

Não parem!

Não torçam!

Não abracem!

Não se aproximem à distância de um cheiro!

Não mastiguem, só engulam!

Não ouçam!

Não vejam!

Continuem vangloriando o vazio da infelicidade enquanto contento-me com meus pequenos e escassos caprichos.

Marla de "Clube da Luta"



::My heaphones saved my life::


Independência - Capital Inicial
Toda essa curiosidade que você tem pelo que eu faço
Eu não gosto de me explicar, eu não gosto de me explicar
Toda essa intensidade, buscamos identidade
Mas não sabemos explicar, mas não sabemos explicar

Se paro e me pergunto: será que existe alguma razão
Pra viver assim se não estamos de verdade juntos

Procuramos independência
Acreditamos na distância entre nós


Toda essa meia verdade a qual temos nos conformado
Só conseguimos nos afastar. Nós aprendemos a aceitar
Tantas coisas pela metade, como essa imensa vontade
Que não sabemos explicar, que não sabemos sacear

Se paro e me pergunto: será que existe alguma razão
Pra viver assim se não estamos de verdade juntos

Procuramos independência
Acreditamos na distância entre nós

Toda essa curiosidade
Toda essa intensidade
Toda essa meia verdade
Tantas coisas pela metade
Toda essa curiosidade
Toda essa intensidade