segunda-feira, junho 22, 2009

quinta-feira, junho 04, 2009





::Você foi::

o maior dos meus casos
De todos os abraços o que eu nunca esqueci
Você foi dos amores que eu tive
O mais complicado e o mais simples pra mim.
Você foi o melhor dos meus erros
A mais estranha história que alguém já escreveu
E é por essas e outras que a minha saudade
Faz lembrar de tudo outra vez.
Você foi a mentira sincera
Brincadeira mais séria que me aconteceu
Você foi o caso mais antigo
O amor mais amigo que me apareceu
Das lembranças que eu trago na vida
Você é a saudade que eu gosto de ter
Só assim sinto você bem perto de mim outra vez.
Esqueci de tentar te esquecer
Resolvi te querer por querer
Decidi te lembrar quantas vezes eu tenha vontade
Sem nada perder.
Você foi toda a felicidade
Você foi a maldade que só me fez bem
Você foi o melhor dos meus planos
E o pior dos enganos que eu pude fazer
Das lembranças que eu trago na vida
Você é a saudade que eu gosto de ter
Só assim sinto você bem perto de mim outra vez.

Outra vez

::Em tempos de crise::

"Não espere por uma crise para descobrir o que é importante em sua vida" Platão

::Olhar Estrangeiro::

Há alguns meses me inscrevi no projeto CouchSurfirg, e desde então minha vida mudou. (Ok, isso não é propaganda da Polishop)
Acima de tudo é preciso disposição e maleabilidade, em troca: experiências maravilhosas entre seres humanos. A ideia é que viajar é bom, conhecer lugares também, mas conhecer pessoas é ainda melhor. Então, que mal há em receber um viajante em sua casa e hospedá-lo em seu sofá? Sofá, colchão, cama, beliche, saco de dormir, não importa, a ideia é ceder um lugarzinho em seu lar e dividir experiências.
O projeto também apoia a ideia de levar um viajante para passear e mostrar a cidade, mesmo que você não o hospede. Foi assim que eu comecei. Marquei de ver um show de chorinho no SESC Paulista com um libanês que mora na França, hoje somos grandes amigos e conversamos sempre pela internet. Já a primeira experiência de receber alguém na minha casa foi com uma garota alemã que mora na Holanda e faz flautas transversais. Dividi meu quarto com ela por uma semana, saimos por São Paulo, conversamos até cansar, e mesmo ainda aprendendo o português e meus pais não entendendo bem o inglês, todos se deram muito bem. Ela contou as histórias da Alemanha Oriental, onde crescera, e, não importa quantos filmes eu tenha visto, ou quantos livros eu tenha lido, nunca teria entendido certas coisas, apesar de saber que só quem viveu saberá. Ela foi surfar outros sofás por um mês em São Paulo e continuamos nos vendo, assim como quando ela voltou do Nordeste após dois meses viajando pelo Brasil.
Assim, recebi em casa uma garota suíça e seu namorado mexicano, um garoto americano descendente de filipinenses e um casal francês, além de conhecer na comunidade de São Paulo um rapaz alemão que trabalhou um tempo na cidade, e diversos paulistanos que também fazem parte do projeto nos encontros e festas.
As fotos e relatos de minha amiga alemã de sua viagem pelo Nordeste brasileiro me revelaram a grandeza do meu país e o quanto eu o desconheço, gerando em mim uma necessidade cada dia maior de sair por aí e ver o que há além de São Paulo. Será que foi preciso alguém de fora para me revelar isso, ou será que foi preciso uma boa narradora? Ela teve a coragem de ir sozinha, e sem falar a língua, a lugares que eu antes não teria coragem de ir, lugares que nós brasileiros do sudeste e sul de certa forma desprezamos. Mesmo suas fotos de São Paulo, de lugares que conheço muito bem, revelam um olhar especial, como as fotos dos túmulos do cemitério da Consolação ou a curiosa pizza doce. E tudo feito com muito entusiasmo e alegria de viver.
Cada uma das pessoas que conheci até agora me ensinou coisas diferentes e importantes, dividiu comigo pensamentos sobre sua realidade e seu mundo, me instigaram uma vontade louca de conhecer, de comer, ver... Deixaram-me com saudade, saudades que saciarei surfando outros sofás por aí.

::Quando a reforma ortográfica me afetou::

Desde o princípio dessa história ela já não me agradava, levei tanto tempo para aprender o português corretamente e agora vão querer que eu escreva linguiça e voo? Eu quero meu trema de volta, quero os pingos nos is e o tremas nos us!!!
De repente, não mais que de repente, "me apercebo" de uma coisa: meu blog. Demorei tanto tempo para escolher o nome dele e agora, mudam, sem me consultar, seu nome, ou melhor, agora eu é que escrevo o nome dele errado.
Meu auto-retrato no museu deve virar autorretrato, e eu que nunca gostei de palavras com dois erres e dois esses.