sexta-feira, dezembro 12, 2008


Pierre Bonnard, L'indolent ou femme assoupie sur un lit, 1899.


::My headphones are not saving my life (damn Leoni)::


Depois do fim - Leoni

Mas como eu começo depois do fim
O som da porta batendo atrás de mim
Minha vida se parte em pedacinhos pequenos
O que restou, o que dizer, prá quem ligar, aonde ir?

O vazio total e a urgência de recomeçar
Em que casa, em que rua, em que mundo eu vou morar?
Onde eu vou entre o fim do trabalho e o começo do sono?
Prá te esquecer me entrego pra qualquer bobagem na TV

E eu rezo pra dormir
Mas Deus não quer me ouvir
Eu tento resistir
Enquanto a noite e o céu desabam sobre mim

Sobra espaço no armário e agora aqui
O vazio na alma, na cama e ao redor de mim
Caio em prantos na rua e nem ligo,
Me acostumei com vexames
Volta pra mim, me mostra onde eu errei e te perdi (isso eu sei)

E eu rezo pra dormir
Mas Deus não quer me ouvir
Eu tento resistir
Enquanto a noite e o céu desabam sobre mim


Quem além de você?

Foi só um sorriso e foi por amor
Nenhuma ironia, não foi por mal
Foi quase uma senha pra te tocar
Nem foi um sorriso, foi um sinal

Por trás das palavras, da raiva de tudo
Sorri pra tentar chegar em você
Foi como fugir pra nos proteger
Enquanto eu sorrir ainda posso esquecer
Porque

Quem vai te abraçar?
Me fala quem vai te socorrer
Quando chover e acabar a luz
Pra quem você vai correr?
E quem vai me levar
Entre as estrelas, quem vai fazer
Toda manhã me cobrir de luz?
Quem, além de você?

Ninguém tem razão, tenta me entender
E a gente é maior que qualquer razão
Foi só um sorriso e foi por amor
Te juro do fundo do coração

Foi como tentar parar esse trem
Com flores no trilho e acenar pra você
Parece absurdo, eu sei, mas tentei
Enquanto eu sorrir ainda posso esquecer

Quem vai te abraçar?
Me fala quem vai te socorrer
Quando chover e acabar a luz
Pra quem você vai correr?
E quem vai me levar
Entre as estrelas, quem vai fazer
Toda manhã me cobrir de luz?
Quem, além de você?

Deixa isso passar, e quando passar
Vou estar aqui te esperando
Pra te receber
E sorrir feliz dessa vez
Que esse amor é tanto


::Soulmates never die::


Eu era uma garota fria e calculista, racional e medrosa, pagava de brava e de forte, não me arriscava, não me entregava. Não acreditava em alma gêmea nem em amor eterno. Eu descobri que eles existem, oh, criaturas não mais mitológicas, e agora sei também o porquê de não aceditar nelas antes, porque, se existe alma gêmea, o que se há de fazer depois que a perdemos? Se existe amor eterno, o que farei agora pelo resto dos meus dias? Intrigantes perguntas, revelam muito do que eu fui um dia, e nada do que será a eternidade daqui em diante.

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