Se você não tem senso de humor e acha que o nojento não em graça, nem continue lendo, depois não diga que eu não avisei. Essa coisa de não podermos falar sobre certos assuntos que seriam íntimos demais até com a desculpa de que isso não interessa a ninguém é um saco e uma grande mentira.
Dia 17 de agosto foi meu aniversário, uma quarta-feira, e ele foi, por assim dizer, um péssimo dia, explosivo. No dia 16 foi-me reagendada uma colonoscopia. Ótimo, nada melhor do que tomar no cu como presente de aniversário, não é mesmo? Passei a segunda toda só comendo sopa e tomando água, e a terça era para ficar em jejum, com aula de manhã, metrô cheio e tudo o mais. Minha mamis foi me encontrar na USP para ser minha acompanhante, vocês não acham que eu levaria meu namorado para um programa desses,né? E não há amigos para isso, definitivamente não.
No HU, Hospital Universitário, é que começou a grande diversão. Das 12h às 17h eu fiquei tomando um líquido de gosto medonho e andando para lá e para cá para ele fazer efeito, qual seja, defecar até a alma. Objetivo: chegar a defecar com a mesma cor do líquido, ou seja, um amarelo quase transparente. Eu estava minguando, com sede, com fome e enjoada, até o fluxo inverter, o que era para sair por baixo, começou a sair por cima. Mas enfim cheguei a um final feliz, chegando ao objetivo, depois de entrar e sair do banheiro umas 20 vezes.
Quando a enfermeira começa a injetar o sonífero parece que tudo valeu à pena, muito gostoso, olhei para ela e disse:
- Humm, isso faz efeito rápido, hein?
Bom, depois de uma hora eu pude comer, mas não conseguia sequer abotoar as calças. Eu não me lembrava (afinal, já fiz duas vezes esse exame antes), mas eles colocam um gás para inflar sua barriga, e... tudo que entra, tem de sair...então o dia seguinte foi ainda pior.
Digamos que tive um aniversário bombástico. Pela manhã eu já não conseguia dormir tamanho o barulho que minha barriga fazia, eu tinha um alien dentro de mim. Na aula da manhã, com cerca de dez alunos na sala, todos insistiam em procurar de onde viria aquele imenso e incessante ruído. Eu, claro, fazia cara de paisagem. Era tão alto que o cara que sentou do meu lado, depois de cinco minutos de aula, saiu de mansinho para outra cadeira, e isso tudo ainda não eram peidos, apenas o barulho do alien se mexendo.
O auê todo só foi acabar dia 18, quando eu, já estava com 24 anos.
4 comentários:
E eu bandejando com você, suas roupas que não fecham e o alien em movimento! XD
Nada como pizza e frozen yoghurt para curar uma experiência traumática dessas.
Teve dedo no olho também, mas deixa pra lá ;)
24, xuxu. Que emoção.
Se você fosse homem, esse dia, essa idade... já era.
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