The Lady of Shalott - 1888 - John William Waterhouse |
Composition II in Red, Blue, Yellow - 1930 - Piet Mondrian |
Da série Voom Portraits - Bob Wilson (http://www.youtube.com/watch?v=EJFHi4qEZSE)
Antes de começar: o prêmio de melhor atriz em Cannes devia ter sido da Charlotte e não da Kirsten; sigamos, pois eu também quero dar meus pitacos sobre o filme mais comentado no facebook, pelo menos pelos meus amigos, dos últimos tempos.
Os filmes de Lars von Trier nunca permitem que saimos deles ilesos, seja do cinema, seja do final do DVD. O primeiro filme do diretor dinamarques que vi foi Dançando no Escuro, por conta da Björk, e a partir daí foi só amor, e ódio! Não tem um filme dele que eu não tenha gostado, não tem um filme dele que eu não tenha odiado. É assim. Em O Anticristo existe um machismo que não me permitiu compactuar com o filme, o machismo não era apenas no tema tratado pelo filme, era pela posição que o próprio filme assumia em relação ao tema. Mas as imagens são tão incríveis e a direção de atores tão perfeita que os sentimentos por ele gerados me atormentaram por dias. Nunca me esqueço do momento em que assisti pela primeira vez cada filme de Lars von Trier, e cenas de todos eles vivem povoando meus pensamentos e sonhos, tamanha força de suas imagens.
Da trilha sonora à paisagem, do começo ao fim, Melancholia é tocante. Desesperei-me, e se fosse comigo? Eu seria muito mais Charlotte do que Kirsten, duas irmãs que reagem de maneiras opostas à chegada do planeta, e de maneiras completamente diferentes da que reagem à vida cotidiana. Não comprei a depressão e o auto-aniquilamento de Kirsten, não me pareceu muito real, embora saibamos que as pessoas comportam-se de diversas formas frente à depressão, muitos disseram ter ficado chocados com o realismo de sua interpretação, eu não diria exatamente realismo.
O filme é belo, com lindas imagens, com Tristão e Isolda de Wagner, com início que lembra a série Voom Portraits do Bob Wilson, ainda mais soturno, e o final revelando o melhor filme apocalíptico já visto no cinema. Não posso esquecer da cena na biblioteca da casa, uma grande crítica à racionalidade moderna, quando Kirsten troca as imagens expostas nos livros nas estantes de pinturas concretas e cubistas por pinturas figurativas pré-rafaelitas e românticas. É o cansaço contra a racionalidade e o esquematismo do mundo em que vivemos, talvez seja a melancolia, a saudade de outra beleza.
Os filmes de Lars von Trier nunca permitem que saimos deles ilesos, seja do cinema, seja do final do DVD. O primeiro filme do diretor dinamarques que vi foi Dançando no Escuro, por conta da Björk, e a partir daí foi só amor, e ódio! Não tem um filme dele que eu não tenha gostado, não tem um filme dele que eu não tenha odiado. É assim. Em O Anticristo existe um machismo que não me permitiu compactuar com o filme, o machismo não era apenas no tema tratado pelo filme, era pela posição que o próprio filme assumia em relação ao tema. Mas as imagens são tão incríveis e a direção de atores tão perfeita que os sentimentos por ele gerados me atormentaram por dias. Nunca me esqueço do momento em que assisti pela primeira vez cada filme de Lars von Trier, e cenas de todos eles vivem povoando meus pensamentos e sonhos, tamanha força de suas imagens.
Da trilha sonora à paisagem, do começo ao fim, Melancholia é tocante. Desesperei-me, e se fosse comigo? Eu seria muito mais Charlotte do que Kirsten, duas irmãs que reagem de maneiras opostas à chegada do planeta, e de maneiras completamente diferentes da que reagem à vida cotidiana. Não comprei a depressão e o auto-aniquilamento de Kirsten, não me pareceu muito real, embora saibamos que as pessoas comportam-se de diversas formas frente à depressão, muitos disseram ter ficado chocados com o realismo de sua interpretação, eu não diria exatamente realismo.
O filme é belo, com lindas imagens, com Tristão e Isolda de Wagner, com início que lembra a série Voom Portraits do Bob Wilson, ainda mais soturno, e o final revelando o melhor filme apocalíptico já visto no cinema. Não posso esquecer da cena na biblioteca da casa, uma grande crítica à racionalidade moderna, quando Kirsten troca as imagens expostas nos livros nas estantes de pinturas concretas e cubistas por pinturas figurativas pré-rafaelitas e românticas. É o cansaço contra a racionalidade e o esquematismo do mundo em que vivemos, talvez seja a melancolia, a saudade de outra beleza.
Um comentário:
Eu DETESTO a Kirsten Dunst. Ela tem uma cara blasé que me estressa. Em Homem Aranha ela merecia a framboesa.
Entrevista com o vampiro aquela coisinha chata me dá nos nervos.
Só em Jumanji dá para salvar.
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