quarta-feira, outubro 19, 2011

Quando a esmola é muita...


Não dá para ficar muito feliz com os progressos da megalópole paulistana. E ao mesmo tempo o queridissimo Kassab e o excelentíssimo Alckimin devem estar tomando whisky e respondendo à minha colocação (porque sei que secretamente eles leem meu famoso blog): esse povo, quando a gente dá a mão, quer o braço.
Pois é isso mesmo.
Estou eu super feliz por estar fazendo o trajeto metrô Tatuapé- metrô Butantã em lindos 30 minutos, às vezes menos quando a linha vermelha colabora, às vezes mais quando um altruísta de araque resolve se matar nos trilhos do metrô. Pois bem, estou alegre e contente até certo ponto. Segundo meu adorado Google Maps a distância entre o metrô Butantã e a Faculdade de Filosofia é de 2,5km. E aí é que rola a perda de tempo, meu caro Kassab.
Sim, vou em 30 lindos minutos de metrô e sei agora o que são os 60 minutos entre as 20 e as 21 horas*, mas e esses 2,5km? Teletransporte? Qual a resposta de nosso queridíssimo Kassab? SPTrans neles. Inventaram uma linha descarada de ônibus, pelos mesmos absurdos TRÊS REAIS, que faz o trajeto do metrô até o campus. Detalhe, na entrada do campus há o circular, ônibus gratuito, e do metrô até a entrada são lindos mil metros, 1km, aos quais voltarei a seguir. Ou seja, pague TRÊS REAIS para fazer 1km, é o quilômetro mais caro do mundo em transporte coletivo, tenho certeza (Wikipedia, me ajuda!).
Para tudo há solução, aparente. Cansada de esperar o secular no ponto da entrada do campus por minutos a fio, cansada de caminhar um quilometro para ir e um para voltar muitas vezes sem companhia, eis que me lembro de minhas lindas bicicletas estacionadas-mofadas no bicicletário do prédio. Com a ajuda de uma amiga de duas rodas, lá fui eu para o Butantã, num dia de chuva, levar minha bike de carro para uma revisão no bicicleteiro, fiz meu cadastro no bicicletário do metrô e pimba! Uma semana depois estava linda e bela, cabelos ao vento, fazendo os 2,5km entre metrô e faculdade de graça.
E...
surprise, surprise! De um dia para o outro mudaram as regras de utilização do bicicletário. Quando do meu cadastro poderiamos deixar a bike por lá no máximo por três dias. Inventaram que o máximo que poderia deixar seria DEZESSEIS HORAS. Isso mesmo meu caro Alckmin, absurdas 16 horinhas. Bom, eu entreguei minha bike às 20h de hoje, deveria ir buscá-la para passear ao meio-dia de amanhã. Só que amanhã eu entro às 18h na aula, portanto pegaria a bike umas 17h, e aí? E nos finais de semana? Como assim dezesseis horas? Enquanto eu me indignava com pessoas que não tinham culpa, um dos funcionários do bicicletário mantido pela maldita Parada Vital (MORRAAAAAAAA) disse que as pessoas deixam de manhã, vão trabalhar de metrô e buscam a noite.
- Dãããããã!
E quem trabalha ou estuda perto do Butantã? Faz o que? Diga meu caro Alckmin...
Vai a pé ou paga R$3 no busão.
Oh God, e ainda temos para o ano que vem a promessa do pequeno filósofo Chalita, o sem-sal-sem-açúcar-novo-picolé-de-chuchu Haddad e o excelentíssimo amigo da Cohab Netinho de Paula, que nada tem a ver com minha família, que fique bem claro.

*Até pouco tempo atrás, na graduação, eu achava que não existia nada entre as 20 e as 21 horas a não ser a gigantesca e sem fim Rebouças!

Um comentário:

Luana disse...

Nossa adorei seu post de hj!! Absurda esta situação,amiga! Se eu fosse você tentando publicar em alguma sessão de cartas em revistas/jornais!