quarta-feira, fevereiro 06, 2008

::Sábias Palavras::


Conservar algo que possa recordar-te seria admitir que eu pudesse esquecer-te. (Shakespeare)

::O que me faz feliz::


O que me faz feliz?

Ou melhor, o que me deixa feliz? Porque ninguém é feliz, ou, pelo menos, eu não sou (que mau há nisso?), o que pode acontecer, é, temporariamente, o estado de felicidade. Portanto, eu não sou feliz, às vezes, contudo, estou feliz.

Prosseguindo, então, o que pode desencadear em mim um estado de felicidade?

As coisas simples.

Embora tudo devesse ser simples, o mundo no qual estamos inseridos fez das coisas, complexas. Corrigindo:

As coisas sem importância.

Não para mim, muitas vezes, mas para os outros, sempre.

O farfalhar das árvores, inaudível frente aos carros, ambulâncias, trens, fones de ouvido... as pequenas flores amarelas, que se espalham pela praça invisíveis na fumaça, na poeira, na cegueira gerada pelo cinza... o sabor do "bolo de bolo" da vovó apagado na rapidez de cada refeição, esquecido como os próprios avós, a esperar... o cheiro de flores daquela garota, imperceptível pela distância, física e sentimental, pelo medo de interagir com os outros, quem sabe, nem tão outros... o calor de um abraço resfriado pela não-saudade, pela facilitação do amor... parar, na calçada, para ouvir o morador ensaiar em seu violino, torcendo para que consiga acertar aquele trecho mais difícil...

Mas o que vejo ao meu redor? Por que são pequenas essas coisas? Julgarão a mim pueril?

Não parem!

Não torçam!

Não abracem!

Não se aproximem à distância de um cheiro!

Não mastiguem, só engulam!

Não ouçam!

Não vejam!

Continuem vangloriando o vazio da infelicidade enquanto contento-me com meus pequenos e escassos caprichos.

Marla de "Clube da Luta"



::My heaphones saved my life::


Independência - Capital Inicial
Toda essa curiosidade que você tem pelo que eu faço
Eu não gosto de me explicar, eu não gosto de me explicar
Toda essa intensidade, buscamos identidade
Mas não sabemos explicar, mas não sabemos explicar

Se paro e me pergunto: será que existe alguma razão
Pra viver assim se não estamos de verdade juntos

Procuramos independência
Acreditamos na distância entre nós


Toda essa meia verdade a qual temos nos conformado
Só conseguimos nos afastar. Nós aprendemos a aceitar
Tantas coisas pela metade, como essa imensa vontade
Que não sabemos explicar, que não sabemos sacear

Se paro e me pergunto: será que existe alguma razão
Pra viver assim se não estamos de verdade juntos

Procuramos independência
Acreditamos na distância entre nós

Toda essa curiosidade
Toda essa intensidade
Toda essa meia verdade
Tantas coisas pela metade
Toda essa curiosidade
Toda essa intensidade

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